Os 7 desenhos clássicos da Avaliação

Uma das principais preocupações entre gestoras e gestores de intervenções no campo social está no impacto produzido por suas ações. O quanto fomos capazes de modificar o problema social com o qual lidamos? Como atestar com segurança que nossa intervenção produziu determinado efeito? Quais escolhas devemos tomar em virtude da limitação de recursos e tempo? A partir deste conjunto de inquietações, a avaliação vem desde sua gênese orientando suas práticas no campo científico tradicional, a partir do uso criterioso de abordagens metodológicas capazes de imprimir rigor e atestar com precisão os impactos produzidos por nossa atuação no mundo social.

O infográfico abaixo sintetiza sete modelos clássicos de pesquisas avaliativas e nos oferece possibilidades de desenhos de avaliação orientados para determinar os resultados de nossa intervenção, atentando para as diferentes possibilidades de emprego dos grupos participantes e grupos controle em cada etapa de uma avaliação.

A variedade dos sete modelos se dão em virtude das possibilidades de cada processo avaliativo, que sempre variam em função dos recursos disponíveis, das necessidades dos gestores, das características dos beneficiários, do contexto onde se desenvolve o estudo (inclusive político), dos prazos sempre muito curtos e das preferências de quem executa e que contrata uma avaliação. O mais importante é que estes modelos não se encerram em si mesmos, podendo agrupar uma variedade de técnicas de pesquisa, quantitativas e qualitativas, de acordo com as possibilidades e, centralmente, as características das intervenções que buscamos avaliar.

Comunicar os resultados de nossas ações a partir de avaliações rigorosas e de alta qualidade técnico-científica sempre será um desafio para as organizações no campo social, em virtude das inúmeras preocupações do cotidiano institucional, o que torna cada vez mais necessário adequar os desenhos avaliativos às questões e tensões do mundo real.