#dadospúblicos: o posicionamento das mulheres nas 500 maiores empresas do Brasil

A série #dadospúblicos traz informações trabalhadas pela Move a partir de avaliações, pesquisas ou banco de dados públicos e tem por objetivo dar visibilidade a informações relevantes para o planejamento e a tomada de decisão de programas e projetos sociais. A série aborda um tema diferente a cada bimestre e o ciclo de maio e junho/2017 tratou de questões gênero na nossa sociedade.

A pesquisa “Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas” foi realizada em 2016 pelo Instituto Ethos em cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outras instituições1 e analisou a composição das equipes das 500 maiores empresas do Brasil no que se refere a gênero, cor ou raça, faixa etária, escolaridade e presença de pessoas com deficiência. O objetivo deste trabalho foi dar visibilidade às práticas de valorização da diversidade e de equidade nas principais empresas do Brasil e de possibilitar e inspirar transformações no mercado de trabalho brasileiro como um todo.

Os resultados da pesquisa revelaram um cenário preocupante sobre a presença feminina e de mulheres negras nos quadros das instituições pesquisadas. Observando mais atentamente para os cargos executivos, apenas 13,6% são ocupados por mulheres. Tal fato é ainda mais grave se observarmos a presença de mulheres negras no alto escalão das empresas pesquisadas, já que apenas 1,6% de cargos de gerência e 0,4% do quadro executivo são ocupados por elas. Nouniverso de executivos participantes da pesquisa, de 548 executivos respondentes, apenas duas mulheres negras faziam parte desse grupo.E há muito pouco sendo feito para reverter isto, já que a maioria das empresas respondentes afirmou que não desenvolvem ações para garantir a presença de mulheres e negros em seus quadros.

Dessa forma, a pesquisa “Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas”torna público que há um longo caminho a ser construído para tornar os quadros das maiores empresas do mercado brasileiro mais representativos e diversos.

Para acessar a pesquisa completa: https://goo.gl/CmcspF

[1]Além do Instituto Ethos participaram da pesquisa a Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ONU Mulheres, Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (SMPIR) da Cidade de São Paulo e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).