Caminhos colaborativos e plurais para compartilhar conhecimento em avaliação de advocacy, ativismo e incidência política

A demanda por aprendizagem em avaliação tem sido cada vez mais frequente entre as organizações do terceiro setor. Com isso, temos sido demandadas(os) a facilitar processos de aprendizagens com esta temática e, este movimento, está nos convidando para reflexões sobre as diversas formas de formações (das mais tradicionais às mais arrojadas). 

Diante das exigências das organizações por espaços mais plurais e dotados de sentido, temos apostado cada vez mais em processos formativos que possam ser espaços de interação, criação de rede e compartilhamento ampliado de experiências entre diversas pessoas com trajetórias distintas e igualmente ricas no tema. 

Nosso time da Move Social se coloca assim, não somente enquanto uma agente de formação técnica, mas também uma facilitadora de redes e espaços colaborativos que aproxima pessoas e organizações, que propõe o intercâmbio de conhecimento e experiências e que busca contribuir para o fortalecimento do tecido social do ecossistema do investimento social privado e seus vários temas de interesse, como a avaliação.

Neste espírito, tivemos recentemente a oportunidade de criar um espaço colaborativo e plural junto ao Greenpeace Brasil (GPBR). Foi um momento de compartilhamento e troca de aprendizagens, mais especificamente sobre a avaliação voltada para as organizações que atuam com advocacy, ativismo e incidência política, tema que tem nos provocado tanto do ponto de vista técnico quanto político. 

Apoiamos o plano trienal do GPBR e, ao longo da construção de um quadro de referência para avaliação de suas ações, a organização se dedicou a uma profunda jornada de aprendizagens em torno do tema da avaliação, especificamente relacionada ao tipo de atuação da organização: o ativismo socioambiental. A proposta da Move compreendeu uma jornada de três dias, focada na troca de experiência e conhecimento em avaliação a partir de convidadas e convidados externos, cujas trajetórias profissionais foram o vetor para a aprendizagem. 

Segundo Max Gasparini, sócio-consultor da Move e facilitador deste processo: “Tal abordagem nos parece capaz de energizar círculos de aprendizagens coletivas e aproximar pessoas e organizações para o fortalecimento de redes colaborativas, a partir da premissa de que o conhecimento não se encontra encapsulado nas mãos de sábios consultores que simplesmente os ofertam. Está antes na partilha de experiências e trajetórias, nos saberes de diferentes matizes e sobretudo no bom debate e no encontro que energiza e nos impulsiona a ir além, mas sempre juntos e juntas”.