Para decolonizar a avaliação: uma análise crítica a partir da teoria da decolonialidade
Ainda que a avaliação possa ser hoje considerada uma prática mais plural e dotada de certa diversidade de abordagens e perspectivas que buscam dirimir as assimetrias de poder implicadas em seu processo, é possível afirmar que, de modo geral, as práticas avaliativas estão majoritariamente ancoradas em um discurso dominante da epistemologia da modernidade europeia. Se por um lado há movimentos de críticas aos modelos tradicionais, é possível afirmar que há insuficiente emprego de aportes teóricos conceituais críticos originais em nosso país sendo usados para compreender as implicações de nossa dependência do pensamento anglo-americano no campo da avaliação. Propomos aqui um esforço inicial que busca justamente apresentar um referencial teórico com o qual seja possível reforçar esse processo de crítica: a perspectiva teórica da decolonialidade. Concluímos provocando o debate e tecendo algumas recomendações que podem inspirar e apoiar avaliadores/as (profissionais ou não) a desenvolver uma consciência decolonial para suas práticas avaliativas.